sábado, 19 de maio de 2012

Compreender

Sempre tive facilidade de escrever sobre o amor. Não simplesmente por ter sido acostumada a conviver com ele, mas por ter sido educada para amar. Vivi recebendo amor, cultivando amor, esperando amor. E nos momentos em que o esperei e não o recebi, fiquei confusa, triste...
O que sou sem amor? O que fui sem amor? Nada, nada.
Vivi esperando o que tenho hoje. O amor que sinto, a segurança que sinto e a realização de, de fato, ser amada. Amor em tese, amor na prática, sereno, absoluto.
O estar só, o "não-amar" ou o amar pela metade, como já disse várias vezes, vejo hoje, nada mais é do que a preparação para o que vem depois, o amor de verdade. E ele veio.
No exato momento em que deixei de acreditar em alma gêmea, príncipe encantado, na outra metade da laranja, no momento em que me conscientizei de que para receber amor é preciso estar pronta, entendi tudo. Claro, como nunca tinha pensado nisso antes? Amamos e recebemos amor como seres imperfeitos que somos. Precisamos de amor porque somos pedaços, precisamos ser completos. Não para que nos tornemos perfeitos ou para que tentemos mudar ninguém, mas simplesmente para nos completarmos.
Digo hoje, com esse sorriso que me acompanha, de peito aberto, sentindo todos os sentimentos juntos, todos os que acompanham o amor: tudo está do jeito que deve estar. Tudo acontece do jeito que deve acontecer. Os clichês "nada é por acaso", "tudo acontece no seu tempo certo" e muito além deles: hoje eu sou o encantamento. Sou a certeza. Hoje eu sou o amor.
Rodrigo Mazzeo, eu amo você.