terça-feira, 26 de janeiro de 2016

"Só com o coração grosso é que se vive"

E aí que um milhão de anos depois decidi voltar. Terapia convencional tá caro, escrever é minha melhor terapia. Aliás, por que parei mesmo? Obrigada por ter voltado, inspiração.
Baseada em um milhão de coisas, com um milhão de coisas guardadas, querendo sair, pulsando. Eis-me aqui. Escrevendo sobre o monte de coisas que a gente passa na vida e deixa pra trás. Sobre o que a gente guarda, mas insiste em sair. Sobre o que a gente acha que morreu, mas na verdade só ficou adormecido e quando acorda tem ânsia, tem fome.
Sempre fui sonhadora, mas hoje vejo que de tanto sonhar fiquei menos impulsiva e mais racional. Paradoxal, não? De tanto sonhar, fiquei mais racional. Tudo muito complexo. Sempre fui complexa.
Cheguei a algumas conclusões de uns tempos pra cá e vou tentar fazer uma lista com elas:
1. É necessário aprender a abrir mão. Nem sempre o que a gente quer é pra ser nosso e infelizmente não temos todo o tempo do mundo;
2. Coragem não é ser forte. Coragem é tomar a decisão certa na hora certa, ainda que o coração implore pra que você desista;
3. Não existe "a pessoa perfeita". Existe o momento certo e a construção de um monte de sentimentos envolvidos;
4. Não adianta tentar esquecer. Sejam pessoas, fatos ou emoções, se estão ali é pra ficarem ali. O que dá é pra tentar não se angustiar por isso;
5. Tudo bem sofrer às vezes. Tudo bem chorar às vezes (eu disse às vezes, cancerianos). Tudo bem sentir melancolia, nostalgia às vezes;
6. "Somos donos dos nossos atos mas não donos dos nossos sentimentos." Rubem Alves
7. O amor dói, mas não mata;
8. As coisas acontecem exatamente do jeito que tem que acontecer;
9. Só com o coração grosso é que se vive.