Nossa amizade já era amor antes de ser. Digo isso porque nos
conhecemos e não acreditamos no tempo que havíamos perdido sem sermos amigas.
Mas então a amizade começou e ganhou forma antes mesmo de que nos déssemos
conta. Foi arrebatador, avassalador. Quando percebemos, já estávamos dividindo uma
com a outra nossas angústias mais profundas, nossos traumas secretos e nossos
sonhos e objetivos. No clichê de uma terminar a frase da outra, no clichê mais
ainda de não conseguirmos passar um dia sem compartilhar pelo menos uma
besteira por mensagem.
Ela cuida de mim como uma irmã. Eu me emociono quando falo
dela. Não existe um problema que o “vai ficar tudo bem” dela não resolva. E é o
dela, especificamente, porque ela sabe bem diferenciar a hora de dizê-lo com a
hora de soltar um “é uma merda, mas eu to aqui”, porque naquela hora não, não
vai ficar tudo bem, e sim, ela estar lá é suficiente para me acalmar.
Nossa amizade chegou a um ponto tão louco, no sentido
literal da palavra, que dividimos até as mesmas questões emocionais, com o
perdão do eufemismo. Ela entende.
Gabriela é minha melhor amiga, minha irmã de alma, de
coração e de vida. Hoje é só uma data como outra qualquer, porque para celebrá-la
não precisa de dia no calendário. “Gabriela, sempre Gabriela.”
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